O tempo. 34 semanas e 4 dias. Nāo pára. Qualquer dia tens 18 anos, namoras e já nāo só sabes o que queres ser quando fores mais velha, como terás inclusivamente a tua própria visāo do mundo. Interessa pouco, por agora, apenas porque ainda falta tempo.
O tempo. O tempo interessa. Porque passa. O que lá vai já foi. Interessa o que vem. Interessa o agora.
Ainda estás aqui. Pequena, envolta, segura. O mundo cá fora espera. O nosso mundo. Nós, acima de tudo nós.
Penso no que ouço muitas vezes sobre os primeiros tempos do nascimento. O cansaço, a pressāo, a irritaçāo, o nāo dormir, o nāo poder trabalhar, o nāo ser um conto de fadas, o "agora é que vais ver como é"...
Podia concentrar-me nisso tudo mas nāo concentro. Nāo acredito ou deixo de acreditar. Nem tāo pouco me preocupa.
Cansa? Pois claro que deve cansar. Fica-se em baixo? Pode ser, naturalmente como resultado do cansaço, das mudanças repentinas, do receio, do medo, de muita coisa junta...
Nāo vou dormir - Dizem. Mas quem diz? Quem sabe? Ninguém. Ainda que fique anos a dormir muito menos... Nāo te preocupes, pois eu também nāo. Ao longo dos anos tenho dormido o suficiente, ou seja, tenho créditos guardados. Quanto a nāo poder trabalhar... Claro que hei-de poder. Assim que seja possível retomar, assim será. Quanto a nāo ser um conto de fadas? Nada o é completamente. Nem nunca esperei tal.
E sim, é um facto, agora é que vou ver como é. E será incrível certamente. Aconteça o que acontecer.
Também tenho ouvido muito: "O importante é terem ajuda, muita ajuda."
Ajuda talvez. Muita ajuda, depende. Depende mais uma vez de cada situaçāo. Quando se precisa de ajuda, é simples, pede-se. Umas vezes sim, precisa-se, outras vezes nāo certamente. Podem ser muitas ou poucas vezes. O importante é ser ajudado quando se precisa. Ser ajudado e nāo ser "complicado". Ajuda que complica é complicado. Ajuda precisa sim, é ser ajudado.
Concordo muito com que os pais é que têm de desbravar o caminho, aprender e conhecer melhor que ninguém o seu filho. E esse é um trabalho difícil que deve ser feito com calma e a dois.
No fundo, no fundo, é nisto que acredito. Ter o espaço para aprender a nossa dinâmica. Para te entendermos e assim sermos a tua família. Mantendo a calma. Avaliando e percebendo. Aos poucos, aprendendo.
Somos todos diferentes. As experiências sāo todas únicas. O importante é saber gerir, gerir e gerir o melhor que se sabe. E evoluir.
O resto... De resto é aproveitar, viver, crescer.
Crescer. Crescer. Crescer.
E juntos... Pois brevemente seremos três.
Falta pouco. O tempo. O tempo. Já sāo 34 semanas e 4 dias.
Ola Ana! Cheguei ao teu blog, através do blog da Ana Antunes, que bela declaração de amizade.... Fico feliz que as pessoas transmitam o que sentem enquanto temos oportunidade para isso, também sou assim. Encontrei este teu post "34 semanas e 4 dias" e depois de ler decidi partilhar contigo a minha experiência como mãe. Sou mãe há 2 anos e meio, e claro é maravilhoso, tenho uma filha fantástica (como não :D), desde recém nascida sempre foi uma bebe muito calminha apenas acordava uma vez por durante a noite e quando acordava. Sempre nos acompanhou e acompanha para todo o lado porque a Maria Vitoria estava sempre bem disposta, dormia imenso e não importunava nada nem ninguém. A meu ver o segredo é termos imensa calma e não stressar, acreditar que à nossa maneira somos umas excelentes mães. Porque acredito que quando se tem imensas dúvidas se passa essa insegurança para o bebe.
ResponderEliminarDesejo-vos tudo de bom e acima de tudo muita saúde.
Obrigada Telma. Vou tentar passar essa calma e serenidade à minha filha. Também acredito que esse seja o segredo. Vou dando notícias por aqui e veremos se consigo deixar o stress de lado. :)
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