O dia foi atípico.
Diferente. Foi dia da māe mas foi difícil parar para ler ou escrever uma linha. É quase meia-noite. Sou māe ontem, hoje e sempre. Amanhā quero ter mais calma que hoje e que ontem. Nāo importa se hoje o dia foi cheio demais para apreciar o sol, a luz ou o tempo. Sei que hoje nāo foi exemplo e temos a vida toda. O que interessa mesmo é ser tua māe. Sou e serei todos os dias, todos os momentos, para sempre. Valeu-me ser o teu colo neste dia. Onde no meio do caos, da confusāo, continuavas a ser a minha bebé, aconchegada no peito a adormecer embalada no som de quem passava, no som do pulsar da alma. Descansar ao peito de māo dada ao céu, nas nuvens limpas do que se aproxima. Foi um dia atípico, sim. Nāo foi apenas diferente, foi atribulado, confuso, a correr… Mas nāo, nāo foi um dia mau por isso, por ti, por nós. Porque na tua māo se agarrava o tempo que pelo passo da corrida se perdia. Nāo se perdeu. Sou tua māe. Por isso jamais se perde. E serei.
De corrida passo, mesmo sem mais minutos ou segundos, para te lembrar que nāo me esqueço. Sou tua māe, nāo apenas hoje. Sou tua māe. Nāo me esqueço. Mesmo que corra estradas, pedras ou desmaie nas escaladas. Mesmo hoje sendo o teu colo que amanhā certamente nāo quererás da mesma maneira. Sou tua māe. E sāo muitos os dias em que mesmo que de mais nada me lembre, lembro-me que sorrirei sempre por ser tua māe. Este colo nāo tem princípio nem fim. Nāo começa, nem acaba. É nosso, é teu. Assim. Infinitamente.
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