Aqui, neste lugar onde estou, apesar de tanto e muito, torna-se vazio no tudo.
Porquê? - Perguntarias se já falasses com o pensamento no fio de um mais composto raciocínio.
Porque aqui nāo estás. Responderia.
És menina, já nāo tanto bebé. E nestes dias vi-te quase sempre e pouco, nunca suficiente, pelo quadradinho de um telefone que hoje calha a trazer-me, melhor que antes, imagens tuas em movimento real e directo. Corres em direcçāo a mim, presa nesse pequeno ecrā de tamanho limitado, onde escondo a emoçāo de receber os teus beijos cândidos e espalmados. A minha imagem mexe-se lenta no som atrasado da distância. És meiga, mesmo longe. Mesmo sem saberes de mim.
Era terrível se fosse diferente. É terrível sendo assim.
"Os filhos sāo nossos mas nāo nos pertencem" - ou qualquer coisa por aí.
Estou pela primeira vez uns dias sem ti. Dias eternos que me fazem morrer sempre e sempre por ti.
Antes de partir, guardei-te num abraço roubado e aqui permaneci ridícula nesta dor de coraçāo pequeno, inquieto de tāo espalmado.
Volto sempre, como prometi.
Māe
Fiquei com o coração apertadinho só de ler... e de imaginar! Nunca passei nenhum dia destes (quase) 18 meses sem o G... beijinhos com muita força :)
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