Meu amor, e a quem me lê habitualmente:
Nestes dias a minha ausência tem sido imensa. Lamento por isso. Nem sempre vos escrevi como é meu hábito e gosto muito. A época para além de festiva tem sido muito dura. Mudar de casa foi uma tarefa difícil pelas mais variadas razões. Hoje escrevo porque estou quase no fim dessa fase gata borralheira. Nāo preciso de bruxa má nem de madrastas, nem sapatinho, nada... Quer dizer, amanhā pela meia-noite quem sabe se o pai me dá um sapatinho para experimentar ou se eu viro abóbora. A ver vamos.
Brincadeiras de parte, a nossa história pouco tem a ver com a desta humilde gata. Porém, estes dias duros têm sido como os dela de pano e balde na māo. Abre caixote, arruma caixote, limpa, lava, roupa aqui e acoli, pendura, segura, afasta, arrasta... Enfim, todos sabemos ou imaginamos o que é a vida assim. Nem me queixo muito, pois habitualmente a minha é uma vida bem longe da experiência diária dessa gata. Está a acabar, está quase a acabar... Ao contrário dela, espero amanhā virar princesa pela meia-noite.
Quem sabe, quem sabe! Se o príncipe pai calçar o sapato à māe tenho a certeza que o sapato vai brilhar. A ver vamos se a māe também.
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