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quinta-feira, 6 de março de 2014

Seguro E Artimanhas



É na maior das indignações que hoje escrevo. 

O assunto é básico: inclusāo de um bebé no seguro da māe.
É com surpresa que aviso quem nāo estiver atento, ou melhor, quem nāo anda armado em Sherlock Holmes... que há seguros de saúde que inventam regras que lhes dāo imenso jeito sem qualquer justificaçāo plausível. A regra com que me acabei de confrontar é hilariante. Hilariante para a seguradora pois para mim tem zero graça. Segundo parece existem seguradoras (nem todas felizmente) que exigem que o pedido de inclusāo do bebé no seguro da māe seja feito até ao sexto mês de gestaçāo. 

Caso contrário a resposta que ouvem quando solicitam a inclusāo do bebé no vosso seguro é a seguinte:
- Ah pois, nāo sabia? Agora como a bebé está quase a nascer nos primeiros 60 dias de vida nāo está coberta pelo nosso seguro. Sabe Porquê? É que depois do sexto mês de gestaçāo temos uma regra: os bebés ficam submetidos a um período de carência de 60 dias após o nascimento. 

- Como assim? Porquê? Para quê? Com base em quê? Precisam de 60 dias para quê?- pergunto eu.

- Pois é assim. Mas pode mostrar o seu descontentamento nesse email que vai escrever agora mesmo a pedir a inclusāo. Eu já tomei nota do seu descontentamento e da sua ideia para melhorar o nosso serviço. 

A minha ideia é básica e simples: pois a partir do momento em que o seguro tem a informaçāo de que uma utente está grávida, devia ter mais do que a obrigaçāo de informar a mesma por escrito dos seus direitos e obrigações e dos devidos prazos. Nāo somos nós certamente que devemos supor, imaginar ou mesmo procurar regras tontas. Até porque a maioria da papelada entregue às utentes no ano em que se faz o seguro (no meu caso 10 anos antes) a informaçāo relevante é em relaçāo ao parto e às despesas relacionas. Acho inadmissível ser legal uma seguradora poder exigir que uma māe tenha de tratar do seguro de um filho até 3 meses antes de ele nascer. 

Pergunto: Porquê? Para quê? Com base em quê? Quem disse? Quem exige? Quem permite que isto assim seja?

Apenas tenho uma resposta: Dá imenso jeito pouparem dinheiro com milhares de māes a quem dizem isto na altura óbvia em que as mesmas tratam do assunto - precisamente depois dos ditos 6 meses de gravidez. 
Os primeiros 60 dias de vida de um bebé sāo dias com consultas mais que regulares e tantas vezes podem implicar tratamentos e exames fundamentais que deviam ser e sāo direito nosso. 

Quando uma mulher se inscreve num seguro de saúde e existem os períodos de carência para a comparticipaçāo das despesas da gravidez, tudo isso faz sentido e é mais que aceitável. É justo. Evita que mulheres façam seguros de saúde apenas para engravidar e que assim usufruam de direitos que levariam as seguradoras à falência. Seria insustentável. Naturalmente. 
Mas neste caso, com um bebé precisam de 60 dias de carência para quê, com base em quê? 
Por favor se alguém tiver uma luz que me ilumine o caminho em direcçāo a uma resposta aceitável pois eu nāo encontro nenhuma. 
E que ninguém diga que sāo as regras deles porque pois se assim é: o mínimo seria informar a māe dessas regras estapafúrdias em tempo útil e depois mais legitimamente ficarem à espera, à caça das falhas dos pais. Aí já diriam com mais propriedade: "- pois deve ter recebido na sua morada logo no início da gravidez um panfleto informativo com os seus direitos e deveres. Agora sujeita-se às nossas regras que, como já devia saber: Sāo estas."

Mas nāo, nem isto. 

Enfim...

Amália, meu amor, nāo te preocupes... O seguro do pai nāo tem esta regra tola e estarás coberta desde o segundo em que, logo a seguir a nascer, te registarmos. Assim, felizmente, este problema fica sem efeito para nós mas pode muito bem ser um problema para muitos pais que nāo saibam desta artimanha.

Que este texto evite nem que seja apenas um caso. Já valeria a pena.    


2 comentários:

  1. Compreendo a indignação.. A acrescentar ao texto, colocaria também o nome do seguro... E que continue tudo a correr bem :)
    FF

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  2. Dava-me jeito saber o nome do seguro e da seguradora. Estava a pensar em fazer um seguro de vida quando chegasse ao 8º mês, precisamente pelo período de carência.
    Felicidades!

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