Sim... Até hoje...
Ontem foi-me dado o benefício da dúvida.
Hoje foi o dia da revolta. Total.
Amanhã pode ser para esquecer...
Hoje quando viu pela segunda vez na vida A tigela branca com uma 'coisa' laranja estridente lá dentro foi ...
Game over. The end. Acabou.
'Mas que mãe és tu?!?!' Lia-se por trás das suas lágrimas gordas e desesperadas. Desesperada por uma sopa de cenoura sem sal. A sua segunda sopa.
Que será de mim depois... À terceira, à quarta, à quinta...?
Ontem correu bem. Temia o pior e correu bem. Comeu tudo. Deve ter achado que era mesmo necessário por alguma razão muito forte. Estranhou mas comeu... Ou melhor, foi comendo. Baralhada entre o sabor e a estranheza de uma colher pela primeira vez na boca.
A cozinha preparada para a guerra... Nós tapados até ao pescoço e todas as máquinas fotográficas e de filmar a postos. Um aparato. Nada aconteceu. Tudo tranquilo. Restou a expressão de enfado e pouco mais.
O cenário de guerra ... Aconteceu hoje...
Bastou ver o mesmo tom de branco e laranja dA tigela. A tigela. Igual à de ontem. Socorro. Chamem a polícia. Alguém. A minha mãe perdeu de vez o tino.
Ligou a sirene. Os vizinhos só podem de facto ter chamado a polícia... Tal era o alarido aqui em casa.
A tigela... Socorro! A tigela... Sr. Guarda...
Perdi a batalha. Espero não ter perdido a guerra.
Ao fim de 45 minutos, 50 litros de lágrimas e ainda meia sopa por comer... Desisti... Tal era o nosso estado.
Ela perdida de desespero sem a polícia chegar. Eu sem saber mais o que fazer para a relaxar.
A tigela vai voltar, sr. guarda... Vai voltar.