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sexta-feira, 18 de julho de 2014

A Sopa e a Polícia - Take Two


É que nāo percebo nadinha. Fico baralhada como as cartas. 

Hoje foi estranhíssimo... Os primeiros 5 minutos foram com a Amália a chamar novamente a gritar pela polícia com o seu choro sirene que se ouve de norte a sul do país. 

Sempre o mesmo diálogo: 
"Sr. guarda leve-me daqui que estou entregue aos bichos. Esta gente dá-me coisas esquisitas para comer" 

A ver se mudamos o guiāo, tal māe tal pai, vamos arranjando truques. O truque mais baixo e óbvio é:
1. Choro, boca aberta, 3, 2, 1 ... Colher com sopa. In.
2. Choro mantém-se, boca aberta igualmente, 3, 2, 1 ... Chucha. In. 

Acalma. Felizmente acalma. E eu também... Pelo menos até à próxima colher... 

O que foi estranho hoje é que foi do 8 ao 80. Cinco minutos de choro louco e de aperto. 
E do nada... Sim, do nada, levantou-se o lenço branco da paz. 
Foi do inferno ao céu. E eu com ela.
Transformou-se tudo num "Māe, isto tem de ser e será rápido. E quem sabe até é bom. Vou comer à velocidade da luz e tudo e tudo e tudo, sem deixar nada." 
E nāo verteu nem mais uma lágrima. Será que desistiu da luta? Da batalha? Ou da guerra?
Desde que nāo desista de mim... 

Agora dou voltas e voltas à cabeça... O que será que aconteceu? 

Talvez estivesse quente demais. A queimar nāo, naturalmente provo a sopa antes, mas quente para o gosto dela?! Talvez. Mesmo o leite gosta dele frio, mais ainda no verāo. Leite morno começa logo a ficar irrequieta e cheia de calores. 

Quem sabe... 

De boca aberta fiquei eu. 
Mas já dizia o ditado... (Nāo, nāo é esse que estāo a pensar.)
Este: Cá se fazem cá se pagam.  
Eu nāo merecia nem mais nem menos que acabar esta história de boca aberta. 

Minha filha, maravilhoso final de sopa hoje. Até na colher agarraste para puxar a sopa para ti.
Que seja o começo de um grande princípio. A tua boa alimentaçāo.





  





quarta-feira, 16 de julho de 2014

Até Hoje A Minha Filha Gostava De Mim...




Sim... Até hoje...
Ontem foi-me dado o benefício da dúvida.
Hoje foi o dia da revolta. Total.
Amanhã pode ser para esquecer...

Hoje quando viu pela segunda vez na vida A tigela branca com uma 'coisa' laranja estridente lá dentro foi ... 
Game over. The end. Acabou. 
'Mas que mãe és tu?!?!' Lia-se por trás das suas lágrimas gordas e desesperadas. Desesperada por uma sopa de cenoura sem sal. A sua segunda sopa. 
Que será de mim depois... À terceira, à quarta, à quinta...? 

Ontem correu bem. Temia o pior e correu bem. Comeu tudo. Deve ter achado que era mesmo necessário por alguma razão muito forte. Estranhou mas comeu... Ou melhor, foi comendo. Baralhada entre o sabor e a estranheza de uma colher pela primeira vez na boca. 
A cozinha preparada para a guerra... Nós  tapados até ao pescoço e todas as máquinas fotográficas e de filmar a postos. Um aparato. Nada aconteceu. Tudo tranquilo. Restou a expressão de enfado e pouco mais.
O cenário de guerra ... Aconteceu hoje...
Bastou ver o mesmo tom de branco e laranja dA tigela. A tigela. Igual à de ontem. Socorro. Chamem a polícia. Alguém. A minha mãe perdeu de vez o tino. 
Ligou a sirene. Os vizinhos só podem de facto ter chamado a polícia... Tal era o alarido aqui em casa. 
A tigela... Socorro! A tigela... Sr. Guarda...

Perdi a batalha. Espero não ter perdido a guerra. 
Ao fim de 45 minutos, 50 litros de lágrimas e ainda meia sopa por comer... Desisti... Tal era o nosso estado. 

Ela perdida de desespero sem a polícia chegar. Eu sem saber mais o que fazer para a relaxar. 

A tigela vai voltar, sr. guarda... Vai voltar.