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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Quadro Número 1


© Ana Rocha De Sousa, Anita Mamā


Os desenhos, as texturas, as experiências vāo acontecendo. Gostava tanto de estar apenas dedicada aos teus quadros, meu amor. Mas nāo tem sido possível. Os dias cheios, os últimos preparativos, tanta coisa. E apenas nos intervalos, os pincéis, as tintas, os papeis, os desenhos... 
Ainda assim já deu para alguma diversāo e experiência. Um dos quadros já é o primeiro do teu conjunto de seis. Fica aqui o primeiro. Sabe-se lá de quantos... O primeiro dos teus seis... Quem sabe o primeiro também de muitos outros para o quarto de outras princesas, como tu. Como tu. 
Nunca se sabe. Quem sabe.  

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Os Teus Primeiros Quadros


Seria uma vergonha eu sendo licenciada em pintura decidir comprar quadros para as paredes do teu quarto, meu amor. Hoje, por isso mesmo, fomos comprar material para ser eu a fazer experiências e assim ser  responsável por essa maravilhosa tarefa. 

Devo explicar primeiro... Sempre tive muita dificuldade em encarar positivamente os quadros apenas decorativos. Passei anos a ser instruída no entendimento total de uma obra de arte e como a arte nāo serve o propósito de condizer com o sofá. No entanto, este caso é diferente. 
O meu problema até aqui sempre foi apenas relativamente a quadros decorativos. Tenho em mim toda a paixāo por decoraçāo de interiores que considero fundamental para o bem estar e a harmonia familiar, ou mesmo para o aconchego interior... Mas o respeito pela arte (e toda a carga de uma obra numa parede) fez-me sempre correr na direcçāo oposta à ideia de decorar as paredes com pinturas meramente decorativas. A pintura em si é muito mais que bonitos rabiscos pendurados nas paredes. E a melhor das decorações dá lugar à verdadeira arte. No limite nem que seja à arte do bom gosto e da simplicidade.  

Sim, esta situaçāo é diferente. Um quarto de bebé é um quarto de bebé e nāo só pode, como deve ser resultado de harmonia perfeita e calma profunda, com cores suaves e equilíbrio entre tudo. Fora das normas artísticas comuns. O que se coloca na parede de um quarto de um bebé tem de ser leve e sem "peso" de conteúdo, longe do "peso" comunicativo da  arte, distante de ideais ou regras artísticas. A regra aqui passa a ser apenas decorar, dar harmonia. Encontrar esses bonitos rabiscos e trazer pureza, aconchego, suavidade e calma àquele lugar, àquele ninho. Por isso, neste caso, vale a liberdade. Quadros vazios de significados profundos até, pois em si cada desenho, pintura ou ilustraçāo colocados junto a um berço, ou junto a um muda-fraldas, devem remeter pura e simplesmente para o universo da imaginaçāo e do sonho. Seja através de manchas de cor, seja através de harmoniosas texturas ou  traços carvāo. Neste caso, vale  o puramente estético. Sem complexidades, metáforas, cânones, técnicas ou significados profundos. 

A experimentar: o prazer puro pelas texturas e pela cor.  
Nāo sei o que daqui sairá, nem prometo que nada disto resulte, apenas digo que vou tentar. 
Vou tentar e longe do que fiz antes, longe da procura que até aqui foi sempre no sentido oposto. 
Agora sim, vou brincar às cores, às manchas sem limites. 
Espero que gostes. Espero que gostes.