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quinta-feira, 15 de outubro de 2015

A Chegada Dos Pássaros



Era noite já tarde. O telefone tocou. O toque diferente.
Sentia-se na hora, na urgência com que tocava.
Ao Pedro, antes de atender, perguntei: Que horas sāo?
Senti. Sabia.
Do outro lado, a emoçāo, a voz trémula.
Deste lado, a certeza. A comoçāo.

Nasceu! Já nasceu!!!

A emoçāo aumentou. O coraçāo cresceu.

É assim a natureza na sua mais perfeita conjugaçāo.

É incrível. É tāo incrível.
Sou tia!!!!

Parabéns, meu irmāo. <3


segunda-feira, 27 de abril de 2015

Os Dez Conselhos de Maternidade Mais Certos da História


Quando se tem um primeiro filho, a mudança é tāo profunda que o melhor conselho é mesmo nāo seguir conselho nenhum. 
Ainda assim… Fica aqui o top 10 das melhores ideias a reter e com as quais eu concordo 100%. Veja o video.

10 Ignore 90% of what you're told about. 

Sim, Ignore 90% do que lhe dizem.


9 Do what works for you. 

Faça o que resulta consigo. O que é bom para o seu filho pode ser o pior para outro bebé. E vice-versa.


8 Schedule 

Organize, adopte um método seu, uma rotina. Será melhor para si. Será melhor para todos. Acima de tudo para o bebé e para o vosso sono.


7 Take an hour for you. 

Reserve tempo para si. Sair de casa, espairecer é uma renovaçāo de forças que faz toda a diferença para carregar baterias.


6 Discover who they are. 

Perceba quem sāo os seus filhos. Cada bebé é único. Aprenda a conhecer quem tem nos braços. Cada dia, uma ou mais novidades. Observe, ouça, sinta, confie no seu instinto. Comece cedo a comunicar com ele/a.


5 Be prepared - room, strollers… 

Prepare a chegada do seu filho. Compre/recolha/organize o essencial para facilitar a sua/vossa vida. Prepare o quarto e tudo o que é essencial: roupa, carrinho e ovo. Antes de nascer é muito mais fácil tratar de tudo, sem dúvida. 


4 Keep some memories forever. 

Nāo dê tudo. Guarde as coisas com mais valor sentimental. Um dia vai querer que eles voltem a ser recém-nascidos e o tempo nāo volta. Guarde.


3 Be grateful for your kids. 

Agradeça, sinta gratidāo. A maternidade/paternidade é uma dádiva.


2 Don't be too hard on yourself. 

Nāo seja demasiado exigente consigo. Tudo o resto pode e vai esperar. Mais tarde arrepende-se do stress e de algumas pressões do início. 


1 Feel all the love. 

Nāo há como estar preparado. Só saberá depois de passar por isto. Vai ser o amor que nunca antes sentiu, o maior e melhor amor para sempre.


"Relax- you're gonna be great." 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

PAI

1979

Ontem aproximava-se de mim com uma fotografia na māo e olhar saudoso. 
Abril de 1979. 
- Era nesta altura que nāo me deixavas dormir. Tive sempre de te dar a māo para adormeceres com calma. 

É verdade. Teve sempre de me dar a māo para me acalmar. 
Mesmo hoje, aos 36, ainda preciso que me dês a māo para viver mais calma. 

No outro dia, depois de lhe agradecer mais uma māo que me deu, fiquei lavada em lágrimas com a resposta que escreveu. "Ser pai é mesmo para estas coisas"

Só hoje em dia percebo. 
Ser pai, ser māe, é para isto mesmo... dar as māos.

Esta, em 1979, está longe de ser a nossa melhor fotografia. Longe. 
Aqui estou até de olhos tortos e o meu pai, sem dormir, de olhar cansado. 
No entanto, a imagem é mais que apenas isso. 
O apoio firme de duas māos seguras que nunca me faltaram e um sorriso rasgado apesar da força, apesar do esforço, do peso. O apoio incondicional apesar do cansaço. 
Sempre lá, a olhar por mim, a olhar por nós.  

Hoje completa mais um ano. O meu pai. 
A firmeza nāo falta. O sorriso também nāo. Nunca.

Hoje pega na Amália e é como se eu visse uma segunda vez o que sei, sinto, vivi mas nāo vi de fora a primeira vez. Porquê? Porque da primeira ao colo estava eu.  
Muitos dizem que ser avô é ser pai duas vezes. 
Nāo tanto mas, em parte, também. 
Ser avô é também reviver e lembrar. 

Vive e revive, pai. E durante muito tempo, todo o tempo.
Parabéns, nesta data querida. 
Muitas felicidades, muitos anos de vida. 

quarta-feira, 19 de março de 2014

19 Março 2014


Feliz primeiro dia do pai...

A Amália ainda não escreve. Mas certamente já sente. Já te sente, pai.
Ao longo destes dias tenho recebido mensagens, lido histórias e ouvido relatos. Sobre? Sobre os pais. Em geral a ausência de pais. 

Nem todas as mulheres têm a nossa sorte. E por isso... Eu e a Amália, hoje escrevemos para te agradecer, Pedro. Para te agradecer o pai que és. 

Pode parecer-te banal, pois és assim genuinamente... Mas quantos são os pais que, como tu, dão a mão à mãe sempre que ela precisa? Que carregam ao colo o choro desalmado de dias? Que se multiplicam por 3 e 4 para correr entre farmácias, mercearias, supermercados e padarias? Ou que mudam fraldas como se fosse ciência exacta, e que apredem a cozinhar nestes tempos cansados, ou mesmo que acordam de noite como molas ao som do mais leve esgar? 

Quantos sāo os pais assim? 

Poucos. Muito poucos. 
Mas tu és, Pedro.
És tudo isto e mais e mais e mais.

Por isso, eu e a Amália agradecemos. Pai e Pedro, sempre aqui ao nosso lado.
Feliz dia. Felizes dias, do pai e de tudo. 
Porque assim mereces. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Diz-se Que Muda Para Sempre As Pessoas

Fala-se muito no antes e depois. Antes a vida como a conhecemos, depois a vida como nunca imaginámos. Para uns melhor, para outros um pesadelo, para alguns bastante diferente. Eu estou apenas a caminho, estou portanto entre o antes e o depois. As diferenças que sinto em mim, no entanto, já sāo imensas. Falo do antes e do depois neste post porque hoje me arrebatou ver esta imagem:

Imagem: Simon Cowell com o filho, Eric, recém-nascido

Este é o sr. frontalidade, o homem pedra, considerado sempre por todos o coraçāo duro, difícil de derreter. Sou fā de poucas pessoas mas de facto o Simon Cowell sempre me cativou pela frontalidade e a pela sua constante firmeza. Cruzei-me com ele diversas vezes em Londres por morar muito perto e de todas as vezes senti uma empatia grande. Nāo se chama fascínio, mas empatia. Sempre discreto e seguro. As pessoas podem naturalmente ser ou nāo ser aquilo que parecem. Nāo faço ideia qual o caso.   Sei apenas que um dia, com a minha bicicleta nova, ia atropelando o senhor e lá ouvi um "grunhido": 
"- Riding on the sidewalk!!!???... Ai ai..." 
Pois que ele tinha toda a razāo, é mais que proibido andar de bicicleta no passeio em Londres. 
Atirei um pedido de desculpas envergonhado e senti-me com 5 anos de idade a fazer um disparate. Lá tive de perder o medo e foi assim que me vi lançada à estrada em duas rodas. Nāo voltei mais ao passeio de bicicleta. Lá fui entre carros e autocarros. 

Episódios à parte... Escrevo porque este homem que dizem duro e de pedra aparece agora a segurar o seu filho recém-nascido ao colo como manteiga derretida. Repito, nada sabemos sobre as pessoas. Ficam apenas sensações da forma como entendemos o que vemos. Vale o que vale. Para mim, este homem nunca foi imagem de dureza, frieza ou distância. Sempre vi nele apenas a frontalidade do que pensava, a verdade da alma, o espelho daquilo que sente. Certo ou errado... A todos os que viram nele sempre tanta brutalidade e arrogância surpreendam-se com esta delícia de imagem de um pai acabado de o ser. Mais ainda, surpreendam-se com a partilha destas imagens publicamente por parte de um homem que antes nunca faria tal coisa. 
Se a paternidade muda ou nāo radicalmente uma pessoa eu nāo sei... Mas atrevam-se aqueles que achem que esta "pedra" nāo derreteu. 




segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A Novidade E O Pai

Na altura ainda nāo tinha um blog, ou seja, ficou por fazer um dos posts mais importantes de todos... 
Hoje decidi que era fundamental partilhar e deixar este registo na nossa memória. 

Amália,
Quando soube de ti, que estavas aqui dentro... Foi uma surpresa, uma surpresa muito muito muito boa. O pai estava a trabalhar. Era um dia de semana como outro qualquer, achava eu. Achávamos nós. Achando que estava doente e nāo grávida, lá fui fazer um teste de gravidez porque havia uns indícios estranhos. Sempre acreditando que nada de mais se passava e que iria ficar desiludida com o resultado, fiz o teste. Inspira, expira, inspira, expira. ???? Li e reli três vezes as instruções. O resultado já todos sabemos. Foi dos momentos mais felizes da minha vida. Das nossas vidas. Nāo consegui perder tempo a pensar como, onde e quando avisar o pai. Sabia que nāo podia perder tempo. Tinha de ser no agora, no já. Assim foi. Fui a correr para perto do emprego do pai e perguntei se era possível almoçarmos juntos porque estava mesmo ali perto de passagem. O pai demorava ainda uns 45 minutos. Longos eternos 45 minutos para chegar. Fui comprar uma chupeta, papel de embrulho e fita. Fiz um embrulho de tudo junto com o resultado do teste e um cartāo que dizia simplesmente: Olá Pai. 
O pai chegou. Calmíssimo, pronto para um almoço simples de centro comercial. Eu nāo ouvia metade do que se passava de tāo ausente deste planeta que estava. O pai, perguntava várias vezes o que queria almoçar e eu só pensava... vamos ser rápidos para abrir o presente com a sobremesa. Assim foi.
A reacçāo do pai dispensa descrições. Está aqui, neste momento eternizado no coraçāo e nas fotografias em baixo. 
A verdade é que já falávamos sobre ti aí há um mês. Os nossos planos passavam por te receber neste mundo lá para o fim de 2014/ 2015. Eu e o pai planeávamos tudo com calma e já brincávamos a tratar-te pelo nome. Foi bem mais cedo, sim.
Mas o importante... O importante... É que é tāo, mas tāo certo. 
Obrigada, minha princesa, por nāo quereres esperar mais tempo. Obrigada.
Amália, és o melhor que se pode ter na vida.